30.6.08

Forrócabeça (e Web sickness)

Primeiro. Como não veio comemoração de São João aqui no blog, resolvi deixar pra quem quer que o visite um presente junino (já atrasado, pra começar bem o mês de julho) que superou qualquer santo, seja João ou Pedro, e também todos os fogos, fogueiras e a paulicéia (ou fumaceira) desvairada. É a versão forrozeira-acústica de The Clock, do Thom Yorke, seguindo a linha do post anterior. Genial. Só faltou a rabeca.



Segundo. Uma das coisas que eu mais gosto do fetichismo-pós-modernidade são algumas experimentações-fetiche oriundas daí, tipo a web arte. Por isso, pra não dizer que The Clock-arrasta-pé é suficiente pra causar remeximento, aqui vai o link pro Bucleta.com.

Quem tá chamando de web arte sou eu, mas eis apenas uma crítica infame. Alguns falam sobre o potencial educativo do Bucleta, capaz de contribuir para o desenvolvimento das habilidades cognitivas de crianças. Outros preferem utilizar o espaço em busca de serviços de caráter alucinógeno. Acontece que o site não contém indicações de qualquer roteiro objetivo, nem nada acontece de fato em qualquer percurso que se faça lá dentro. Evidentemente também não há ingestão de substâncias baratosas pela simples visitação (ou haverá?). Toda a viagem baseia-se em microaventuras sensoriais (a custo e a risco do visitante) infindas, fragmentadas, (muito) coloridas e Kitsch, como qualquer contemporaneidade deseja libidinosamente. Acho mesmo é que, talvez por isso, o Bucleta.com seja talvez educativo, talvez psicotrópico, talvez algo como web arte. Apenas um grande talvez bem provocativo.

Só não há pornografia, como o título poderia sugerir. Infelizmente, talvez.

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